A
Comissão Concelhia de Ponte de Lima do PCP divulga tomada de posição do
Secretariado da Direcçao da Organização Regional de Viana do Castelo do Partido,
sobre a situação e estado precário na ULSAM - Unidade Local de Saúde do Alto Minho
altamente lesiva para os utentes e, que também afecta o funcionamento dos
serviços de saúde no Hospital Conde de Bertiandos nesta Vila:
O
Grupo Parlamentar do Partido Comunista Português questiona o Ministro da Saúde
sobre a situação grave da ULSAM e os impactos negativos na vida de milhares de
utentes.
Ao
longo dos últimos meses, multiplicam-se as notícias de dificuldades e
encerramentos de serviços no SNS em todo o país, com efeitos preocupantes no
Alto Minho.
Depois
do encerramento do serviço de urgência de cirurgia no Hospital de Santa Luzia,
no início de outubro, nos fins-de-semana de novembro as urgências de medicina
interna não abriram neste hospital, como não abriram no Hospital Conde
Bertiandos, em Ponte de Lima.
Neste
quadro já preocupante também os serviços de ginecologia e obstetrícia
apresentam insuficiências, obrigando ao encaminhamento de doentes e grávidas
para Hospitais de outros distritos, nomeadamente do Porto e Braga.
A Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) desempenha um papel central na
resposta aos cuidados de saúde na área do distrito de Viana do Castelo,
incluindo 2 hospitais (Santa Luzia, em Viana do Castelo, e Conde Bertiandos, em
Ponte de Lima) e 12 Centros de Saúde, com um total de 37 unidades funcionais.
São mais de 200.000 utentes que vêm profundamente comprometido o acesso à
saúde, tal como foi denunciado pela recém-constituída Comissão de Utentes da
ULSAM.
Prolonga-se,
ainda, o vazio administrativo na ULSAM depois da demissão de todos os membros
do Conselho de Administração, com a exceção do presidente. Acresce que o atual
Conselho já deveria ter cessado funções há cerca de dois anos, não existindo,
por exemplo, qualquer responsável pelos cuidados de saúde primários há mais de
um ano, exemplificando assim um modelo desajustado às necessidades do país e do
SNS.
Assim,
e face ao exposto, solicita-se ao Governo que, por intermédio do Ministério da
Saúde, responda às seguintes perguntas:
1.
Como explica o Ministério da Saúde que a situação na ULSAM, que infelizmente se
alastrou ao país, tenha atingido este estado tão precário e lesivo para os
utentes?
2.
Tem condições o Ministério da Saúde para garantir que os serviços de urgência
de medicina interna, cirurgia e ginecologia/obstetrícia serão plenamente reabertos
no mês de dezembro?
3.
Que informações tem o Ministério da Saúde sobre a atual situação do Conselho de
Administração da ULSAM? Qual a solução esperada e quando?"
O
Secretariado da Direcção da Organização Regional de Viana do Castelo do PCP
30/11/2023