terça-feira, 3 de maio de 2016

CDU defende sindicância às contas de JF de Arcozerlo

A CDU DEFENDE UMA SINDICÂNCIA ÀS CONTAS DO ANO ECONÓMICO DE 2015 DO EXECUTIVO DA FREGUESIA DE ARCOZELO

Na sessão da assembleia de freguesia de Arcozelo do mês de Abril a eleita da CDU Sandra Fernandes com uma participação contundente denunciou aspectos de duvidosa legalidade e transparência da gestão autárquica da freguesia desde a apresentação das contas do ano econômico de 2015 até às pretensões do executivo da freguesia em querer se imiscuir em assuntos da competência da assembleia de compartes dos baldios.

A eleita comunista expressou que a CDU – Coligação Democrática Unitária – PCP/PEV tem imensas dúvidas sobre valores inseridos na prestação de contas, a começar pelo valor dos 290.909 euros da irreal compra dos 190.000.00m2 de terrenos baldios, justificada por uma engenharia de contabilidade arbitrária. A CDU não se irá deixar comer por lorpas, de repente por qualquer toque de varinha mágica aparece inserido um valor que diz respeito a 2013, que estamos por saber se são valores reais ou fictícios? O Presidente da Junta de Freguesia foi desafiado a esclarecer a que compartes foram atribuídos estes valores, que continua sem se saber que compartes são esses. Aqui há coisa que não joga bem, referiu. Também não é clara a justificação da verba de 159.240 euros da venda de parcela de terreno baldio à Firma Feliciano Soares - Granitos de Ponte de Lima.

Sandra Fernandes deixou ficar bem claro a opinião da CDU de que se justifica o acionar pela Assembleia de Freguesia do pedido da instauração de uma Sindicância para apurar a verdade dos factos apresentados na prestação de contas do executivo da freguesia.

A eleita da CDU abordou ainda questões pertinentes a destacar: A Junta de Freguesia apresenta a esta assembleia um texto intitulado de relatório com uma oratória desesperada, a quer justificar o injustificável de um negócio consigo mesmo praticado pelo executivo da freguesia. Negócio passível de anubilidade nos termos do artigo 261º do Código Civil. A CDU não tem dúvidas ao considerar que através deste negócio consigo mesmo a Junta de Freguesia arbitrariamente apoderou-se de 192.000.00m2 de terrenos Baldios destinados a um objectivo concreto – Polo Industrial do Granito – só para esse fim e nada mais. Objectivo cujo processo, se arrasta há mais de uma década, infelizmente com poucas ou nenhumas esperanças de vir a ser uma realidade. Manifestou ainda, a CDU aqui está e estaremos sempre na batalha política pela dignidade e transparência dos órgãos das autarquias locais, continuando a denunciar tudo aquilo de que tenhamos dúvidas de irregularidades ou de ilegalidades. Nada nem ninguém demoverá a CDU de denunciar tudo o que entenda dever ser denunciado.

Prosseguindo a sua intervenção, a eleita comunista avaliou a proposta sobre o Caminho do Fulão, começando por achar graça à apresentação desta proposta que reflete uma dose de populismo hipócrita. Sabendo-se que o processo do caminho do Fulão foi muito mal conduzido desde o início pela Junta de Freguesia que se armou em inquiridor judicial, o que impediu que a questão seguisse normalmente o caminho da via judicial sob a alçada do Ministério Público. Nesta matéria a CDU expressa que apoia a Acção Popular para repor a legalidade quanto aos direitos que os Arcozelenses usufruem da utilização do Caminho do Fulão, mas única e somente aos promotores desta Acção e nada mais.

 Na apreciação da proposta da Junta de Freguesias, face aos atrasos no pagamento das rendas de exploração e transformação de granito – coimas por mora e denúncias de contratos, lembrou que seria de bom-tom esta pretensão da Junta viesse acompanhada da relação de quem tem rendas em atraso como há muito a CDU solicitou mas que não obteve resposta. Esta pretensão é mais uma fora de contexto. É matéria da competência da Assembleia de Compartes. A Junta de Freguesia não pode ignorar que lhe foi retirada a gestão dos baldios na última assembleia de compartes. Resta agora dar corpo à eleição dos órgãos sociais dos baldios para normalização do uso e usufruto dos baldios, concluiu.
02Maio2016






segunda-feira, 2 de maio de 2016

Sobre o Edifício Sede da Junta de Arca e Ponte de Lima


PRIORIDADES MENORES

O eleito da CDU, João Monteiro, apresentou na reunião da assembleia de Freguesia de Arca e Ponte de Lima, realizada no final de Abril, a questão pertinente da situação da Sede da Junta de Freguesia.

Causa-me especial estranheza, e provavelmente será um sentimento comum a muitos Limianos, o facto da sede da Junta de Freguesia de Arca e Ponte de Lima, funcionar em instalações, que além de pouco funcionais, são antigas, não possuem condições para o fim a que se destinam, nem tão pouco pertencem a nenhum órgão ou instituição pública local. Muito dificilmente alguém que não viva no concelho, conseguirá identificar ou associar o espaço a uma sede de Junta de Freguesia, devido às características do edifício em causa e à ausência de placa identificativa com as dimensões apropriadas.

São de questionar os motivos que impedem a deslocação da sede da Junta para um local ou espaço mais nobre que se coadune e sirva de uma forma minimamente condigna a população Limiana. Surge a suspeita se não estaremos indirectamente envolvidos numa guerra politica, da qual as únicas vitimas são os cidadãos, ou simplesmente perante uma excepção à regra em relação às restantes freguesias do concelho.  

 Foram recentemente recuperados espaços e edifícios que não justificam os avultados investimentos efectuados, isto porque somente são usados esporadicamente, sendo o exemplo mais fiel e elucidativo dessa realidade a Casa dos Sabores (Clara Penha).

 Também outras construções/remodelações, recuperações ou o que lhe queiram chamar, embora não queira pôr em causa a sua utilidade ou finalidade, cative de alguma forma os visitantes, quer nacionais, quer estrangeiros, foram direccionadas e sobrevalorizam aqueles que pontualmente e esporadicamente nos visitam, em detrimento dos que passam os 365 dias do ano no concelho e cá pagam todos os seus impostos.
 Daí cada vez ser mais paradigmático, nunca ter sido mencionado a necessidade de uma nova sede para a Junta de Freguesia de Arca e Ponte de Lima, e no sentido oposto terem sido elaboradas e rebuscadas justificações, cozinhados argumentos e fundamentos para a construção dos “Novos Paços do Concelho”, quando o(s) edifício(s)  onde os mesmos se encontram a  funcionar foram recentemente remodelados através de obras consideravelmente dispendiosas.

 A actuação do Município nesta e noutras matérias, traduz-se no desejo e objectivo de criar uma divisão administrativa ou geográfica “imaginária”, cuja linha delimitativa se encontra entre a zona antiga da Vila, devidamente ornamentada com estátuas e monumentos excessivos e supérfluos, de gosto no mínimo duvidoso, e a sua parte mais alta, em alguns casos completamente negligenciada e abandonada, a qual apelido e caracterizo de zona “in” voga e zona “out”.
Será provavelmente, esta sede da Junta de Freguesia de Arca e Ponte de Lima, aquela que possuirá piores instalações, comparativamente às existentes noutras freguesias do concelho, obrigando-me a citar o ilustre poeta António Feijó, e que me perdoe o plágio e ousadia, é que nas terras que tenho visto por toda a parte por onde andei …, sede da junta mais pobre nunca encontrei.

 Por fim, pergunto ao executivo da Junta de Freguesia de Ponte de Lima, para elencar as medidas tomadas e as diligências efectuadas para reverter esta situação ou se porventura se julga devidamente servido com as atuais instalações.