segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Sobre situação dos trabalhadores dos Postos de Turismo do distrito de Viana do Castelo


PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS
Grupo Parlamentar
Assunto: Situação dos trabalhadores dos Postos de Turismo do distrito de Viana do Castelo
Destinatário: Min. da Economia

Ex. ma Sr.ª Presidente da Assembleia da República
A Direcção Regional do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local de Viana do Castelo enviou ao Grupo Parlamentar do PCP uma exposição que dá conta da situação em que se encontram nove trabalhadores dos Postos de Turismo do Distrito de Viana do Castelo, a saber: 1 trabalhadora (já está em casa há seis meses) da loja interativa de Monção; 4 trabalhadoras da loja interativa de Ponte de Lima; 2 trabalhadoras da loja interativa de Arcos de Valdevez e 2 trabalhadoras do posto de turismo de Viana do Castelo.

De acordo com a exposição enviada, no dia 19 de Dezembro de 2014, o Presidente da Turismo Porto e Norte de Portugal – TPNP, ER, informou os trabalhadores de que iria enviar um “ultimato às Câmaras Municipais, onde existiam lojas interativas e/ou postos de turismo, para que, até 31 de Dezembro, se pronunciassem no sentido de estarem ou não dispostos a “absorver”, através de mobilidade interna e posterior consolidação da mesma, os trabalhadores desses Postos.”

Comunicou, ainda, que “em caso de resposta negativa ou ausência da mesma, os trabalhadores deveriam, a 31 de Dezembro, entregar às Autarquias as chaves dos postos de turismo e permanecerem em casa (auferindo vencimento) até ser tomada alguma decisão sobre o seu futuro.”
No comunicado, a estrutura representativa dos trabalhadores refere que “os trabalhadores foram notificados, por e-mail, enviado para o respectivo posto de turismo ou para o seu endereço particular, para permanecerem no seus domicílios, a partir de 2/1/2015, devendo, previamente, entregar as chaves de acesso aos locais de trabalho ao Sr Chefe de Gabinete de Apoio à Presidência ou a outro responsável”.

A informação faz, também, referência ao facto destes trabalhadores estarem “ há 3 anos a ser ameaçados com a mobilidade especial (agora requalificação), alegando-se uma pretensa reestruturação da TPNP”.

Tal comportamento do Presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal é absolutamente inaceitável, espezinhando os direitos dos trabalhadores e configura lock-out, proibido pela lei e pela Constituição, situação tanto mais intolerável quando vem de um responsável da administração pública.

Assim, ao abrigo das disposições regimentais e constitucionais em vigor, solicito ao Governo, através do Ministério da Economia, que me sejam prestados os seguintes esclarecimentos:
1.     Que informações tem o Governo sobre a situação acima descrita?
2.     Como é que o Governo prevê resolver a situação destes trabalhadores?
3.     Que medidas vão ser tomadas pelo Governo tendentes a assegurar os direitos destes trabalhadores?

Palácio de São Bento, segunda-feira, 19 de Janeiro de 2015
Deputado(a)s

CARLA CRUZ(PCP)