O Plano de Actividades e
Orçamento do Município para o ano 2015 não passa de uma peça de marketing
político de meras intenções repetidas de ano para ano.
O plano e
orçamento do município para o ano de 2015 sofre as consequências da gestão
autárquica dos consecutivos mandatos municipais do CDS/PP que foram adiando
investimentos em infra-estruturas e equipamentos essenciais à população, (rede
de saneamento básico em vastas zonas das nossas freguesias, parques infantis,
arranjo de vias municipais, arranjo de ruas e passeios, recuperação e
requalificação de bairros sociais), e deram prioridade a obras que davam no
olho do cidadão eleitor e descurou o investimento em infra-estruturas e
equipamentos básicos essenciais.
A estrutura
local do PCP e a eleita da CDU Sandra Fernandes consideram que, o que temos a
par de algumas pretensões megalómanas é uma mão cheia de quase nada, dado que a
inscrição da maioria dos projectos de obras está feita, à espera do que irá
acontecer com os fundos comunitários. Só que também para esses investimentos
sempre se exige uma parcela mais ou menos significativa de fundos municipais,
que podem começar a serem escassos.
Os sucessivos
ataques ao poder local democrático ao longo dos anos, com destaque para estes
mais recentes da coligação governamental PSD/CDS, designadamente os cortes do
chamado Fundo de Apoio Municipal, aliada à política nacional nefasta para o
distrito e para o concelho têm sido factores de dificuldades e garrote de
austeridade para a gestão financeira dos municípios, a autarquia limiana vê-se
também cada vez mais estrangulada pela apetência economicista de o executivo
municipal CDS/PP em não querer disponibilizar os vastos recursos financeiros
disponíveis, e se lançar com audácia e determinação em investimentos para colmatar
as enormes carências da população, sem a participação de fundos comunitários.
A apreciação
da CDU é também de protesto perante decisões municipais anteriores, que, aliás,
já na época mereceram a nossa oposição por recear aquilo que neste momento se
está a viver no Concelho de Ponte de Lima. E é também um protesto contra as
sucessivas políticas governamentais do PSD/CDS que atiraram o poder local para
uma situação muito difícil, de que os trabalhadores e as populações são as
principais vítimas.
Os planos e
orçamentos municipais não passam de uma peça de marketing político de meras
intenções repetidas de ano para ano, os investimentos estruturais para criação
de riqueza e fomento de novos postos de trabalho, é escasso e mesmo
insignificante. O Pólo Industrial do Granito é uma miragem das promessas
repetidas e, o mesmo se poderá dizer em relação ao projecto da criação da Raça
Bisara e da construção de uma Unidade de Abate e outros exemplos poderiam ser
mencionados de meras intenções adiadas.
Por isso nos
choca grandemente o ter sido inserido neste plano e orçamento a pretensa
construção de “Novo Edifício dos Paços do Concelho”, quando continuamos a
assistir à degradação do Bairro da Escola Técnica, à degradação e desumanização
do Bairro Social da Poça Grande, à situação caótica da Rua Conde de Bertiandos
com o rebentamento das condutas de água com muita frequência, o mesmo acontece
no Arrabalde; à falta de resolução do transbordo de águas pluviais junto à
Escola Secundária de Ponte de Lima; à não requalificação e melhoramento das
zonas laterais do Cemitério Municipal que são térreas e em dias invernais
encharcam com a água das chuvas e muitas outras carências poderiam ser
evocadas.
A Concelhia de
Ponte de Lima do PCP e a eleita da CDU na assembleia municipal, Sandra
Fernandes, afirmam que os Planos de Actividades e Orçamento
Municipais não nos merecem concordância, porque consideramos urgente
uma política de gestão autárquica que promova investimentos verdadeiramente
estruturantes que dinamizem a capacidade produtiva, que criem emprego
qualificado e com direitos, que criem riqueza e a distribuam equitativamente,
que contribuam para a promoção do bem-estar dos que cá decidiram e querem fazer
a sua vida.
16Dez2014
O
Secretariado da Concelhia de Ponte de Lima do PCP