quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

A CDU NA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE 18DEZ2021

 


Na discussão e votação da proposta Benefícios Fiscais para o ano de 2022, o eleito municipal da CDU apresentou a sua apreciação.

João Cândido Monteiro começou por afirmar que ao longo dos mandatos temos definido claramente a nossa posição sobre a matéria de benefícios fiscais e desta vez não vai ser diferente do que sempre temos dito nesta Assembleia Municipal, até porque o esquema a submeter a apreciação e aprovação deste órgão deliberativo municipal em relação a esta temática é o mesmo dos últimos anos. Continuamos a considerar que esta proposta que abarca os diferentes impostos é injusta e desajustada para os objectivos que se pretendem atingir.

A votação e fixação das taxas deveriam ser realizadas em separado para melhor definição da posição a assumir pelos membros eleitos municipais e eventualmente evitar de nos confrontarmos com o cenário de dualidade em concordar com alguma em especifico e discordar das restantes e vice-versa.

A CDU sempre denunciou nesta casa de que as colectas de IMI são demasiado elevadas, especialmente inflacionadas pelo valor resultante da avaliação dos imóveis. Sublinhamos com toda a propriedade de que ao longo de muitos anos até à actualidade, preconizamos que os valores que o município abdica da receita do IRS, sejam canalizados para a redução do IMI. Ora adoptada esta prorrogativa; os benefícios seriam mais abrangentes, isto até porque, se tenta passar a deturpada ideia que efectivamente o Município tem uma perda de mais de um milhão de euros em IRS, em benefício da população em geral. Até prova em contrário isso não passa de uma falácia.

Um dos princípios da lei fiscal é que a tributação é feita em função do rendimento, por outras palavras, paga mais quem mais recebe, no caso em concreto é precisamente o inverso deste principio, o beneficio é maior quanto maior for o rendimento obtido.

Fazendo um pequeno à parte, aproveito a oportunidade para lançar o repto ao Srº. Presidente e uma vez que são conhecidos os montantes de perda para o Município, para numa próxima Assembleia nos reportar os números ou percentagem da população Limiana abrangida por esta medida de forma a podermos aferir se se trata de uma medida equitativa e como tal socialmente justa.

Não chegam só os argumentos de uma dita estratégia ao longo dos últimos anos e de que passa pela criação de condições de maior atractividade para a localização de pessoas e empresas no concelho, assim como para garantir uma melhor qualidade de vida e promover o desenvolvimento económico da região. Não é palpável nem visível tais desígnios em resultados práticos e objectivos, pelo contrário pois constatamos uma diáspora de jovens Limianos que já não regressam, pelo menos a curto prazo, por falta de oportunidade de emprego ou receio de investimento na nossa terra.

A CDU considera que terá que existir uma visão estratégica, que oriente, sem excepção, todos os seus agentes económicos, no sentido de criar as condições que permitam um verdadeiro rejuvenescimento da sua população, das empresas e do investimento de uma forma geral no concelho.