segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

A intervenção da CDU na relevante assembleia de freguesia para a história futura da Vila de Arcozelo

A intervenção da CDU na relevante assembleia de freguesia para a história futura da Vila de Arcozelo

Patrícia Moreira foi a representante da CDU – Coligação Democrática Unitária – PCP/PEV na importante reunião de fim do ano da assembleia de Freguesia da Vila de Arcozelo, esta eleita desenvolveu um enorme e eficaz desempenho na clarificação e denúncia da gravosa gestão autárquica e política da Junta de Freguesia que está a conduzir para um beco sem saída o futuro da governação autárquica na freguesia.

Esta representante da CDU abordou temas da maior importância para a vida futura das populações e de Arcozelo, começando pela apreciação do documento mais importante da gestão autárquica da freguesia; em que deixou bem vincado: “Analisados os documentos elaborados para a apresentação do plano de actividades e orçamento para o ano económico de 2017, não passam de um mau apêndice dependente do poder Municipal. É um documento previsional político-económico muito pouco planificado e estruturado. Concluiu com a vontade pertinente de que gostaria de ver concretizada uma gestão autárquica verdadeiramente virada para as pessoas e os reais interesses da Vila de Arcozelo e não para satisfazer interesses particulares e distanciada das pessoas e dos problemas reais da comunidade” disse.

Prosseguiu Patrícia Moreira a sua intervenção de forma contundente de denúncia em questões altamente gravosas da gestão autárquica do executivo da freguesia, tendo plasmado: “Mais e outra vez a Junta de freguesia remete para esta assembleia de freguesia matéria da gestão de terrenos baldios, não se pode andar constantemente a cometer actos ilegítimos, para nós é claro que na lei dos baldios consta expressamente que a delegação dos poderes de administração é feita na junta de freguesia, isto é no órgão executivo da autarquia, do que decorre que não é admissível que a assembleia de freguesia delibere sobre os baldios cuja administração foi delegada na junta de freguesia. Pretende agora a Junta de Freguesia passar o ónus de um acto de decisão leviana praticado em 2009 para esta assembleia de freguesia. A Junta de freguesia aventurou-se a prometer aquilo que não tinha, não era proprietária de terrenos próprios para poder fazer a permuta com a Firma João Guerra & Filhos. Ficou a enorme dúvida como é que vão ser cumpridos os prazos pretendidos no dito projecto de Acordo. O que vamos ter na nossa opinião é que os actos de leviandade de gestão política na condução deste processo vão ter consequências muito gravosas para os cofres da freguesia, traduzidos no pagamento de 450 mil euros que põem em causa o necessário bom uso de dinheiros públicos, e a gestão autárquica futura na freguesia da Vila de Arcozelo” acusou.

Em relação à 2ª revisão do Orçamento, expressou: “Consideramos que a forma de apresentação desta revisão orçamental é uma trapalhada de engenharia revisional. Os fundamentos da revisão orçamental não deixam dúvidas são para expurgar verbas desajustadas que foram inseridas no plano e orçamento de 2016 postadas, na nossa opinião, ilegitimamente por serem investimentos realizados directamente pela Camara Municipal, isto por um lado, e por outro, os investimentos que não foram realizados, como o caso das obras da Casa da Cultura (com comparticipação financeira comunitária) que está em litígio judicial. É lamentável que a gestão autárquica da freguesia da Vila de Arcozelo esteja em constante e permanente litígios judiciais. Este comportamento não dignifica a freguesia nem o poder local democrático” alertou.

Patrícia Moreira, nesta assembleia de freguesia de especial relevância para a história futura da Vila de Arcozelo, levou a apreciação de licenciada em engenharia biológica - especialização em controlo da poluição, sobre a monstruosidade da pretensa instalação de uma central de produção de betuminoso na freguesia, tendo tecido as considerações: “Este parecer vem reforçar tudo aquilo que tem sido dito até hoje. Os impactes ambientais, já por diversas vezes inumerados são reais, este parecer reforça-o! Faz referência à emissão de partículas, de gases para a atmosfera e de odores. Faz referência ao ruído de equipamentos e circulação de viaturas, faz referência ao risco de contaminação de aquíferos por óleos e à alteração da paisagem! A Central de betuminoso é uma indústria poluente e como tal a sua localização é condenável. O parecer volta a referenciar a falta de loteamento no local, situação que realça toda a ilegalidade daquela instalação. Neste parecer foram ainda propostas 20 medidas adicionais para minimizar os impactes ambientais. Pela listagem apresentada verifica-se claramente que ainda há muito a fazer! A grande preocupação reside no facto de estarmos perante uma empresa que até agora não cumpriu a lei, em nenhum momento do processo e como tal, não acreditamos que o faça no futuro!

No final desta intervenção, a representante da CDU propôs uma nova moção de rejeição à instalação da central de betuminoso com base no parecer apresentado pela junta de freguesia que foi aprovada por UNANIMIDADE. Esta votação só vem reforçar a verdade e firmeza na luta contra esta central que apenas parece agradar aos presidentes da junta e da Câmara.

Arcozelo/Ponte de Lima, 2 de Janeiro de 2017
O Gabinete de Imprensa da CDU