Assembleia Municipal de Ponte de Lima
Sessão Ordinária de 29 de Setembro de
2012
João Francisco Gomes (Noas) começou por referir, aqui
sim, no local certo, perante todos os membros eleitos deste importante Órgão
deliberativo municipal e, não em qualquer outro local externo e alheio,
entre um copo e um bolinho de bacalhau, “apenas em 15 minutos” discutir e
abordar de uma forma responsável e séria um assunto de extrema importância para
os destinos do Poder Local democrático,
Sede municipal na qual manifestamos livre e
responsavelmente os nossos sentimentos, as nossas opiniões, o nosso
inconformismo, como Autarcas atentos e preocupados em suster os ventos que
empurram para o caos e para a morte o destino das Freguesias.
Aludiu ainda João Gomes (Noas) que é
com estranheza que constata que Ponte de Lima é a única Autarquia a nível do
distrito que avança a todo o vapor para dar conclusão a um processo que visa,
única e exclusivamente, extinguir freguesias. Não contempla mais nada. Não há
qualquer valorização ou dignificação do poder local democrático. Apesar de o Município de Ponte de Lima querer
dar a transparecer para a opinião pública que tudo vai bem neste processo terminal
para extinção de freguesias. Em todo o País e também em outros Concelhos do
nosso distrito acontece forte contestação a esta dita “reforma administrativa”
só o município de Ponte de Lima com a sua obediência aos desígnios do seu
governo quer fazer transparecer que tudo corre bem no reino do seguidismo e com
prontidão se disponibilizou a ser um tipo de cobaia desta pretensa
Reorganização Administrativa da Administração Local, para fazer a vontade ao
Poder Central e ao seu Governo PSD – CDS/PP.
Esta proposta de extinção de freguesias
cozinhada nos gabinetes municipais nas costas das populações, deixou muitas
dúvidas e interrogações a muitos autarcas da assembleia municipal, demonstradas
na margem mínima a favor, obtida na
votação, patente nos resultados dos 103 membros que compõem a assembleia -
votaram 89 eleitos- A favor 54 – Contra 28 – Abstenções 7 – não votaram 14 -. É
portanto um projecto de extinção de freguesias muito debilitado.
Por fim deixou a mensagem que a CDU
considera que é preciso derrotar um projecto que atenta contra a democracia e
contra o desenvolvimento social do povo português, por isso nós eleitos
comunistas entendemos renovar o apelo a todos os autarcas, aos trabalhadores
das autarquias, ao movimento associativo e à população, que se associem a esta
contestação no prosseguimento da luta e das diversas acções em defesa das
freguesias e do poder local democrático. Esta reforma administrativa não serve
a democracia e esta lei é contra o Poder Local democrático.
Ver
intervenção na integra e outras emIntervenções dos eleitos da CDU
Um negócio de alto risco “com grande gato escondido com rabo de
fora”

O
Município de Ponte de Lima volta novamente à carga nesta assembleia municipal,
depois de ter sido deliberado pela Vereação da maioria CDS/PP, com o voto
contra do Vereador da Oposição, autorizar a aquisição de dois prédios rústicos,
localizados na freguesia de Arca. Já em Fevereiro de 2010, a Câmara Municipal
pretendeu transformar estes terrenos particulares em interesse público
municipal e de imprescindível utilidade pública.
Pressupõe-se então
que o pretenso parque não terá luz pública nem casas de banho de apoio. Terão
de usar os “carreiros” existentes para não haver alteração do relevo natural e
o Trial bike será mais down Hill.
A CDU – Coligação Democrática Unitária continua
a considerar que existe muita nebulosidade (parecendo-nos ainda existir grande
gato escondido com rabo de fora) na pretensão e justificação do Município em
torno deste processo dos dois prédios rústicos localizados na freguesia de
Arca, sabendo que, num período de 25 anos, naquela área está embargada qualquer
tipo de construção. A aquisição destes terrenos se o Tribunal de Contas der
parecer favorável, vão custar aos cofres do Município e do erário público,
portanto a todos os munícipes, 690.000.00€
(seiscentos e noventa mil euros). Qual será o interesse ou interesses de o
município despender de tão elevada verba num negócio (que mais parece ser uma
negociata) de alto risco, dada a situação judicial de embargo de utilização
destes terrenos por muitos e longos anos.
Será
que a instalação de um pretenso Parque da Vila/Área de Lazer constitui uma
prioridade premente e urgente para o Município de Ponte de Lima em terrenos que
nada nos garante que seja permitido de imediato a sua implantação? Vai o
Município despender de uma verba avultada para estar em banho-maria, mais ou
menos 25 anos para usufruir do pleno direito de utilização de tais terrenos?
Os eleitos da CDU com toda a frontalidade que
os caracteriza, anunciam que não pactuamos com processos impregnados de muitas
dúvidas e de duvidoso interesse para o erário público e para o município. Por
isso a CDU – Coligação Democrática
Unitária vota contra a Proposta de Aquisição de dois terrenos rústicos
localizados na freguesia de Arca para instalação do Parque da Vila/Área de
Lazer.
Ver
intervenção na integra e outras em Intervenções dos eleitos da CDU