terça-feira, 16 de agosto de 2011

A queda da evolução do PIB



Nota do Gabinete de Imprensa do PCP
Sobre a estimativa rápida do PIB no 2º trimestre de 2011
Terça 16 de Agosto de 2011
Os dados agora divulgados pelo INE referentes à estimativa rápida do PIB no 2º trimestre do ano, confirmam a queda da economia portuguesa no 1º semestre, quer em termos homólogos (- 0,7% comparativamente com o 1º semestre de 2010), quer em cadeia (-0,9%, se comparado com o 2º semestre de 2010).
A queda da evolução do PIB, resultou da acentuada diminuição da Procura Interna - queda no Investimento, no Consumo das Famílias e nas Importações -, não compensada pela evolução das Exportações.
Esta evolução agora registada associada ao inevitável impacto negativo na evolução do 2º semestre, resultante das medidas recessivas tomadas pelo actual Governo, – sobretaxa de 50% sobre o subsídio de Natal, aumento dos transportes em Agosto, aumento do IVA sobre a electricidade e o gás natural, cortes no investimento público e na despesa pública corrente – irão certamente acentuar a queda do PIB já registada no 1º semestre e confirmar o presente ano como mais uma ano de recessão económica no nosso país.
Tal como o PCP tem sistematicamente vindo a alertar o rumo que tem vindo a ser imposto à nossa economia pelas sucessivas políticas de direita que a têm conduzido à estagnação e à recessão, não serve os interesses de Portugal e contribui para o aprofundamento dos desequilíbrios gravíssimos que já hoje enfrentamos – destruição do aparelho produtivo, défice externo, aprofundamento dos níveis desemprego e agravamento na distribuição do rendimento.
Rejeitando o rumo de declínio a que o actual Governo quer condenar o país ao serviço do grande capital e das imposições externas, o PCP reafirma a necessidade de uma política alternativa, patriótica e de esquerda, assente na promoção do investimento, na valorização dos rendimentos dos trabalhadores e dos reformados e no apoio às pequenas e médias empresas indispensável à dinamização do mercado interno, no aumento da produção nacional, que por si implicam a rejeição do actual programa de agressão e submissão.