sábado, 21 de dezembro de 2013

Actividade dos eleitos da CDU representada pela primeira vez no Órgão deliberativo de Calheiros


Actividade dos eleitos da CDU representada pela primeira vez no Órgão deliberativo de Calheiros

Os dois eleitos da CDU – Coligação Democrática Unitária representada pela primeira vez na Assembleia de Freguesia de Calheiros, apresentaram na Sessão de hoje – 20Dez2013- deste órgão deliberativo. quatro intervenções em que manifestam preocupações, apontam debilidades e sugerem melhorias para o desenvolvimento de Calheiros em benefício da sua população.

Bruno Monteiro chamou a atenção da Junta e da Assembleia de freguesia para a correcção de várias anomalias em relação ao cumprimento do Estatuto do Direito de Oposição e da lei do Regime Jurídico das Autarquias Locais praticadas por estes órgãos do poder local.
Manifestou ainda a posição da CDU em relação ao Plano de Actividades e Orçamento da freguesia para o ano de 2014, destacando que o documento apresentado é meramente um documento técnico que, embora pretenda manifestar as linhas de orientação política e administrativa para a freguesia, confina-se a revelar uma aplicação técnica do orçamento disponível.

 Referiu ainda considerar que estes documentos são da maior importância como instrumento de gestão da freguesia, e que os eleitos da CDU – Coligação Democrática Unitária não adoptaremos uma posição de rejeição, antes daremos uma demonstração de benefício da dúvida, votando favoravelmente o Plano e Orçamento para o ano de 2014 da freguesia de Calheiros, apesar de não nos ter sido facultado o direito de participação e contribuição para a sua feitura exigida pelas regras democráticas em que os Partidos representados nos órgãos deliberativos das autarquias têm que ser consultados para a apresentação de propostas e sugestões para elaboração destes documentos.

E manifestou a vontade política de colaboração, reafirmando a disponibilidade da CDU na compreensão da aplicação de instrumentos importantes para a minimização dos efeitos nefastos a que temos sido sujeitos pela redução da capacidade financeira das autarquias que as políticas neoliberais do governo PSD/CDS vêm impondo, afectando gravosamente os instrumentos de gestão das autarquias locais.

Ao eleito Manuel Ferreira coube-lhe intervir sobre a ameaça que paira de ataque aos baldios, tendo começado por referir: Os Baldios ao longo dos tempos sempre foram propriedade comunitária e parte da subsistência das suas populações. Os seus rendimentos têm permitido a concretização de benefícios e melhoramentos da qualidade e nível de vida das suas aldeias. Desde há algum tempo que querem tirar os baldios aos povos. O uivo dos lobos volta a ressoar nas nossas terras, pelas mãos do governo PSD/CDS-PP com a proposta de uma nova lei, que põe em causa a propriedade e a gestão pelos compartes dos baldios.

O objectivo da proposta é velho – levar a água ao moinho da indústria das celuloses e dos aglomerados de madeira e a outros interesses económicos, facilitando-lhes o acesso a extensas áreas de terras florestais. Para isso entrega-se a gestão plena dos baldios às autarquias (municípios e suas associações – comunidades intermunicipais) e cria-se a figura do arrendamento florestal dos baldios.

Consideramos preocupantes os perigos que pairam sobre os Baldios, o governo PSD/CDS prepara a sua privatização encapotada, que põe em causa a propriedade e a gestão pelos compartes. Os Baldios são propriedade comunitária, ou seja, não são de ninguém e são de toda a comunidade local. Nem são propriedade pública, porque não são do Estado, nem são propriedade privada. Os Baldios são dos povos, são administrados pelos povos e assim deve continuar a ser.

Deixamos aqui esta preocupação e sugerimos que todos nós Assembleia e Junta de Freguesia nos empenhemos, conjuntamente com os compartes de Calheiros, na defesa do usufruto comunitário dos baldios pelos povos e compartes, que tem de continuar a ser defendida, sem desfalecimentos, mais não fazendo do que defender direitos ancestrais e a preservação destes bens comunitários que sempre pertenceram aos povos serranos. E relembrou a advertência de Aquilino Ribeiro “A serra foi dos serranos desde que o mundo é mundo, herdada de pais para filhos. Quem vier para no-la tirar, connosco se há-de haver!”.

Apresentou também nesta sessão da Assembleia de Freguesia várias sugestões de carências a merecerem prioridade por parte do executivo para serem encontradas soluções desde questões da água, floresta, iluminação pública e arranjo de caminhos.

Ponte de Lima, 20Dez2013
O Gabinete de Imprensa da CDU

Intervenções na integra em: http://eleitosdacdudepontedelima.blogspot.com