sábado, 28 de abril de 2012

OS COMUNISTAS NA ASSEMBLEIA MUNICIPAL




OS ELEITOS COMUNISTAS NA ASSEMBLEIA MUNICIPAL


  • Na sessão da assembleia municipal recentemente realizada, os eleitos comunistas abordaram temas candentes da vida social e política do Concelho.

Sandra Margarida Fernandes, Sobre a água referiu: Na agenda da informação do Senhor Presidente da Câmara Municipal é mencionada uma reunião com as Águas do Noroeste. Sabendo-se que a Associação Empresarial de Portugal mais a Parceria Portuguesa para a Água, desenharam o projecto que consiste na internacionalização das empresas do vasto sector da água (projecto, captação, distribuição, tratamento, estações elevatórias, tubagens, etc.).

Projecto que não é nem mais nem menos que uma engrenagem para privatizar a água que é um bem da humanidade. Esta eleita comunista manifestou forte oposição da CDU à transformação de um bem de todos para um negócio de alguns. E solicitou ao Município esclarecimentos dos objectivos da reunião com as Águas do Noroeste e ao mesmo tempo qual a posição do município em relação ao bem público da água.


  • Levantou ainda questões prementes e candentes em relação à gestão autárquica no concelho e que constituem preocupações de muitos munícipes quanto ao rumo de aspectos da vida democrática no Concelho, nomeadamente na descaracterização da zona ribeirinha e sobre a manifestação de medos de identificação para não receberem retaliações do município.
Por último interviu na discussão e votação da “Prestação de Contas do Município 2011”, tendo  afirmado que sendo estes documentos o reflexo de definição de prioridades e de opções políticas tomadas pelo município, que consideramos não corresponderem às necessidades básicas e prementes da realidade do Concelho, e também pela prática de certa engenharia contabilística como o caso da prestação de serviços daquela coisa chamada “projeto ponte de lima na Europa” os eleitos da CDU no ato consciente de se manifestarem, não encontram condição de votar favoravelmente a prestação de contas 2011.


Aludiu também que o Município desbaratou autênticos exageros de verbas em prestações de serviços, como:


  • Delimitação de Área 6 027.00€; Projeção de Filme 5 904.00€; Alojamento 5 200.00€; Execução da obra “As portadas na arquitetura civil no concelho” 13 395.00€; Projeto Ponte de Lima na Europa 4 000.00€.
  • E sugeriu que deveria haver menos obsessão por apresentar disponibilidades financeiras com valores altos e devia haver mais audácia para empregar grande parte dessa disponibilidade financeira em projectos abrangentes, tendo como principal motor o município em processos como o desenvolvimento da Suinicultura e na Reabilitação Urbana do Centro Histórico, procurando de facto com os proprietários soluções viáveis, para eliminar debilidades ao nível da degradação do edificado e no reduzido número de habitantes, mas neste capitulo as coisas estão paradas e paradinhas. 


A João Francisco Gomes (Noas), coube a tarefa de analisar e pronunciar-se sobre o Estatuto do Direito de Oposição – Relatório de Avaliação do ano 2011.

  • Considerando não poderem os eleitos da CDU estar de acordo com o dourado do “Estatuto do Direito de Oposição – Relatório de Avaliação” apresentado pelo município e considerou que o mesmo  não foi cumprido integralmente, enferma da contaminação de um “vírus antidemocrático”. É que querer “tapar o sol com uma peneira” não deixa ver os caminhos que assegurem o direito de exercer uma oposição democrática aos membros eleitos nos órgãos das Autarquias Locais, e que consequentemente a gestão autárquica do município de Ponte de Lima não esteja a ser regida pelo bom senso e pelo respeito das regras democráticas em toda a sua magnitude, conforme o é exigido pela lei das autarquias locais.


  • Ainda no mês de Abril
  • levou a voz da geração nascida na liberdade à Sessão da Assembleia Municipal em Saudação ao 25 de Abril e ao 1º de Maio
    A Revolução de Abril, realização histórica do povo português é data maior. E as datas que tocam, sensibilizam e movimentam o Povo, não podem ser esquecidas, até porque decorridos 38 anos, a Revolução dos Cravos mantém viva a esperança na construção de uma sociedade plenamente democrática e de alargada justiça social, tendo como inspiração os valores de Abril.
  • Na homenagem e evocação nesta assembleia municipal desta realização histórica do povo português, não podemos deixar de manifestar a nossa mais profunda desilusão pela passividade com que os senhores presidentes de junta de freguesias do nosso concelho, assistem impávidos e serenos à extinção das nossas freguesias, é inadmissível que o município e os presidentes de junta de freguesias tenham cozinhado dentro dos Gabinetes uma chamada “Reforma da Administração Local” à maneira do quero, posso e mando. Tudo feito nas costas das populações das freguesias, mandando às malvas tradições centenárias, milenares no caso de muitas das freguesias que querem ver extintas, em cujo caldo se consolidaram e sobrevivem elementos essenciais da identidade comunitária à escala local.
  • Com atitudes como estas de completa submissão às intenções de o governo extinguir freguesias, só vai restar despedirmos dos presidentes de junta presentes, porque muito em breve, grande parte de vós, ou outros, já cá não estarão. Restará dizer obrigado por tudo, e até à próxima, agradecendo o contributo que tiveram na gestão do poder autárquico local, mas não ignorando que com a vossa inercia de “grandes democratas” poderão ser os “coveiros” do poder local democrático, por deixarem morrer a maior conquista de Abril.
 A terminar daqui desta Assembleia saudamos o 25 de Abril e as próximas comemorações do 1º. de Maio e saudamos ainda os Capitães de Abril por terem sabido interpretar as profundas inquietações e anseios da população portuguesa num momento em que também eles sentiam na pele os dramas e as frustrações de uma guerra colonial injusta sem fim à vista.
E saudamos também todos aqueles que lutam por uma democracia avançada inspirada nos valores de Abril para retomar os caminhos da revolução, do projecto que continua inscrito na Constituição da República, na certeza de que com o PCP, com os trabalhadores e o povo, um dia esses caminhos de Abril serão retomados e os seus valores voltarão a ser praticados.





Ver intervenções na integra em http://eleitosdacdudepontedelima.blogspot.com