quarta-feira, 6 de novembro de 2013

O Plano e orçamento do Município para 2014

Propostas e sugestões para o desenvolvimento harmonioso do Concelho na base da colaboração e contribuição para o plano e orçamento de município

As propostas e sugestões que apresentamos para o ano de 2014, são fruto fundamentalmente do trabalho produzido pela CDU nestes últimos anos na assembleia municipal e que consideramos estarem actuais para serem consideradas e implementadas para o desenvolvimento harmonioso do concelho.
Destacamos o que preconizamos na área da agricultura tendo como eixos fundamentais, reactivar este importante sector da economia do concelho para produzir mais:
Sobre o vinho e a vinha Defendemos uma política agrícola que privilegie uma vitivinicultura durável, as suas características tradicionais, a pequena e média agricultura e agricultura familiar, o seu papel social, cultural e o seu importante contributo para o desenvolvimento local; preconizamos um Protocolo entre o Município e a Associação de Protecção Integrada (Avitilima) para acompanhamento e apoio aos pequenos produtores sobre a problemática da vinha e do vinho. E a efectivação de uma parceria com as Juntas de Freguesia para a divulgação e informação dos apoios prestados pela AVITILIMA.

Em relação à suinicultura- Retomamos a sugestão de que é necessário estabelecer como prioridade urgente o arranque a grande escala de produção de suínos de Raça Bisara e o apoio à criação de uma Unidade de Abate de Suínos. Lançamos a ideia de incentivos à criação de Gado Ovino e Caprino de grande importância, para a preservação de paisagens e de ecossistemas sensíveis, na prevenção de fogos florestais. E também como forma de incentivar jovens produtores para o sector, e apoiar pequenas e médias explorações familiares.

Na Apicultura Propomos que o Município prepare um plano de combate à vespa asiática e que disponibilize meios técnicos para a concretização e a definição de uma estratégia de combate à expansão da praga da vespa velutina. Esta praga de destruição das colmeias que ameaça a produção de mel afecta grandemente a região do Alto Minho,
Apontamos medidas em relação à floresta e aos baldios O Reordenamento Florestal é a mais importante medida preventiva dos fogos florestais, referimos que a mata florestal, entre Arca e o Monte da Madalena seja reorganizada e tenha uma intervenção florestal devidamente ordenada;
Os Baldios - É preocupante os perigos que pairam sobre os Baldios, o governo PSD/CDS prepara através de nova lei a intenção da sua privatização encapotada, que põe em causa a propriedade e a gestão dos baldios pelos compartes. Os Baldios são propriedade comunitária, ou seja, não são de ninguém e são de toda a comunidade local. Nem são propriedade pública, porque não são do Estado, nem são propriedade privada. Os Baldios são dos povos, são administrados pelos povos e assim deve continuar a ser.
Em outras áreas as nossas contribuições, vão no sentido de::

Na Educação - Defendemos uma política educativa assente no compromisso constitucional do Estado português com o paradigma de uma Escola Pública, liberta das imposições e dos interesses privados e apontamos para a definição de outros critérios de atribuição de bolsas de estudo e na gratuidade dos manuais escolares para todos. Já na Educação Especial - defendemos a efectiva concretização da escola inclusiva e democrática que assegure a integração a todas as crianças e jovens e o acesso de todos aos projectos de férias de Verão.
No Desporto apontamos para a criação do Conselho Desportivo Municipal, para a realização do Torneio concelhio de Verão “Inter- freguesias” em futebol de 5 e na implantação de espaços informais para a prática de diversas modalidades desportivas e físicas, disseminados pelo Concelho.

Na Acção Social a celebração de protocolos com entidades para a assistência na doença a idosos e famílias carenciadas, disponibilizando meios materiais e humanos, assegurando a coordenação com as estruturas concelhias dedicadas a esta questão, especificamente as IPSS, assumindo a área social como prioridade de acção.

Quanto ao Ambiente entendemos que o Município de Ponte de Lima tem um deficite de ausência de políticas ambientais que conduzam à eliminação constante da degradação do meio ambiente, defendemos a elaboração de um plano de intervenção no Rio Lima, quanto à purificação das suas águas, à recuperação do areal e proibição de estacionamento de viaturas; Apontamos também a urgência de medidas enérgicas e eficazes para acabar com as descargas poluentes a céu aberto; e na necessidade de promover o controlo da poluição atmosférica, dos solos e dos recursos hídricos;
Sobre as Pedreiras e sua reflorestação Defendemos o cumprimento das normas ambientais e urbanísticas para evitar violações paisagísticas, ambientais e de segurança; e a repovoação com vegetação autóctone, das imensas crateras criadas com a extracção nos montados das Pedras Finas e noutros locais do Concelho;

Sugerimos ainda o concretizar de medidas – que promovam na área do Desenvolvimento económico e emprego o solucionar a legalização e ordenamento das pedreiras existentes no concelho, e considerar a implantação do Pólo Industrial do Granito, como uma prioridade de grande interesse municipal para a estabilidade e qualidade dos postos de trabalho do sector; a concretização de incentivos de apoio e revitalização do comércio tradicional adquirindo e pondo a circular Miniautocarros, não poluentes, que façam a ligação entre as várias artérias da Vila e a Central de Camionagem;
Sobre “O Projecto de Reabilitação Urbana - Ponte de Lima – uma Vila a proteger e a reabilitar” É uma prioridade fundamental o início do processo de reabilitação urbana, para que aonde se justifique seja feita uma intervenção integrada. O Município deve criar os mecanismos para liderar este processo que tenha em conta uma solução de nível local, conjuntamente com os proprietários do edificado do Centro Histórico. O Município tem um instrumento fundamental para a valorização, evolução, modernização e desenvolvimento urbano e urbanístico, assim tenha a vontade política para o fazer.

Ainda na área do desenvolvimento económico preconizamos que a Cooperação Intermunicipal é um meio da maior importância para o desenvolvimento do Concelho e o desenvolvimento Regional

Nesta vertente Importa referir alguns considerandos – O desenvolvimento do Concelho de Ponte de Lima está intrinsecamente associado à implementação de um Plano Integrado de Desenvolvimento que corrija flagrantes desigualdades existentes no Distrito, que atenda às especificidades dos sistemas produtivos locais e à sua defesa e modernização.
O distrito vive, há muitos anos, um processo continuado de empobrecimento económico com implicações sociais graves a justificarem profundas preocupações. Dados do Núcleo distrital da rede Europeia Anti Pobreza, assinalam que um quarto da população do distrito vive em situação de pobreza ou em vias de ser atingida por esse fenómeno. O distrito de Viana do Castelo é uma das zonas mais pobres da União Europeia.

A estrutura local do PCP preconiza que no imediato o Município de Ponte de Lima deve pugnar pela concretização de 3 eixos estratégicos para o desenvolvimento económico e social do concelho:
A Rede Viária e Transporte Ferroviário - a rede viária apresenta alguns troços algo deficitários em termos de conforto de circulação, o transporte ferroviário terá papel fundamental no desenvolvimento do concelho e na recuperação económica, nesse sentido preconizamos a extensão da linha de caminho-de-ferro a Ponte de Lima tendo em conta que este aproveitamento será uma medida estruturante e de mais-valia para a Região e para o nosso Concelho em particular.

O Porto de Mar - O desenvolvimento da capacidade de resposta do porto está dependente da sua eficiência operacional, entre outros aspectos, das acessibilidades rodoviárias. A construção de novos acessos rodoviários ao porto comercial de Viana do Castelo constitui também factor da maior importância para que novas empresas se instalem em Ponte de Lima contribuindo para a criação de postos de trabalho.
A Defesa dos ENVC – Estaleiros Navais de Viana do Castelo - como estrutura âncora e único grande estaleiro português com capacidade de projecto é vital para assegurar os postos de trabalho directos e indirectos e a economia da Região. Consideramos que só como empresa pública e estrutura âncora do desenvolvimento da região, os Estaleiros Navais poderão produzir,  exportar e contribuir para o crescimento económico do País, da região e do norte.

Por último a Água
A água é um bem essencial que deve ser gerido unicamente por organismos públicos. Entendemos que o Município delibere a sua total oposição à privatização da água e que seja vedado a empresas privadas e a outras entidades da mesma natureza o acesso às actividades económicas de abastecimento público de água, de saneamento de águas residuais urbanas e de gestão de resíduos urbanos.

É esta a nossa contribuição participativa e esperamos que seja considerada seriamente pelo Município como contribuições importantes para a elaboração do plano e orçamento.